Em carta enviada aos dirigentes do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse querer a sua liberdade. O documento foi lido nesta segunda-feira (23) pela presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (RS).
Nele, o petista disse ter ficado feliz com o resultado da última pesquisa Datafolha, publicada no dia 15 de abril deste mês, na qual ele, mesmo preso, continua na liderança das intenções de voto para a Presidência da República, mesmo caindo de 37% para 31% em relação ao último levantamento, feito em janeiro.
“2018 é muito importante para o PT, para a esquerda, para a democracia e para mim. Eu quero a minha liberdade. […] Fiquei feliz com a pesquisa e preciso discutir com os nossos para pensar como fortalecer a ideia da prova”, disse. O ex-presidente também falou sobre o fato de dirigentes petistas terem sido aconselhados a retirá-lo dos holofotes, como forma de ajudá-lo a ser liberado pelo Supremo Tribunal Federal. “Tem insinuações de que eu, se não for candidato, se eu não tiver holoforte, se eu não falar contra a condenação, será mais fácil a votação a meu favor. Querida Gleisi, a Suprema Corte não tem que absolver porque sou candidato, porque vou ficar bonzinho. Ela tem que votar porque sou inocente e também para recuperar o papel constitucional que ela quer, que é ser garantia do comportamento da Constituição”, ressalta. Em um trecho final, Lula diz que pedirá os advogados para falarem com Gleisi e pondera que a luta continuará “até a vitória final”. “Vou conversar com os advogados para falarem com você. A luta continua até a vitória final. Beijo do seu amigo e companheiro, Lula.”
Veja abaixo o vídeo com a leitura da carta.
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