SAÚDE & BEM-ESTAR

Pandemia: brasileiro fez menos atividade física, aumentou o consumo de álcool e ganhou peso

Durante todo o ano de 2020, quando o Brasil e o mundo passaram bastante tempo em isolamento social para frear o avanço do coronavírus, houve aumento no consumo abusivo de bebidas alcoólicas e no sedentarismo entre a população brasileira, o que desencadeou a elevação da taxa de pessoas com doenças crônicas, como a obesidade. Mais trabalho, estresse e o próprio isolamento colaboraram para a situação.

Os efeitos da pandemia na saúde dos brasileiros foram arrasadores, mesmo entre aqueles que não contraíram a covid-19. De acordo com a pesquisa “Doenças Crônicas e Seus Fatores de Risco e Proteção: Tendências Recentes”, realizada pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), em 2019, a obesidade atingia 20,3% dos adultos nas capitais do país mas, em 2020, a doença passou a afetar 21,5% deste grupo. “A alteração no estilo de vida das pessoas, provocada pela pandemia, foi determinante para o surgimento – e até agravamento – de hábitos prejudiciais à saúde. Assim como a piora de transtornos psíquicos, como a depressão, que desencadeiam outras doenças”, explica Danillo Santana, Coordenador Geral da Rede Alpha Fitness.

E assim, a obrigatoriedade de se isolar dentro de casa, desencadeou uma série de hábitos que prejudicam a saúde de alguma forma. O álcool foi usado como refúgio para relaxar e se divertir em meio ao estresse causado pela covid, os exercícios foram deixados de lado pelo fato de não poder ir até a academia. Fora a demanda excessiva de trabalho criada pelo home office, que também é apontado como fator inerente ao “novo normal”, e que estimula hábitos pouco saudáveis.

O consumo abusivo de álcool subiu de 18,8% para 20,4%; mesmo cenário observado em relação ao sedentarismo – de 13,9% para 14,9%. “Muitas famílias mudaram hábitos alimentares para pior, com o teor de gordura e caloria aumentado. Não bastasse isso, se privaram de atividades físicas habituais, como pequenas caminhadas no cotidiano, pelo fato de estarem dentro de casa isoladas. Muitas não conseguiram estabelecer uma rotina de exercícios dentro do dia a dia em casa e isso impactou muito sobre os índices”, conclui o especialista, que ressalta a importância de se exercitar; inclusive como forma de combate ao coronavírus. “Muitas pesquisas já mostraram que pessoas que mantêm hábitos de exercícios regulares têm melhor imunidade e, no caso de se contaminarem com a Covid-19, sentem muito menos os sintomas”, conclui.

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