Conhecido como “Jeimes” e “Lavezzi”, o suspeito Jeimes Cassiano Lisboa é apontado como um dos líderes de uma facção criminosa no bairro da Mata Escura, em Salvador. Ele foi preso na última quarta-feira (09/11), durante a “Operação Êxodo”, realizada na Zona Norte do Rio de Janeiro.
A operação para desarticular traficantes do Complexo de Israel, área controlada por facções criminosas, deteve Jeimes em um motel às margens da Avenida Brasil, onde estava acompanhado de três outros suspeitos, além de duas mulheres e uma adolescente, que não foram presas.
A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que o suspeito tinha dois mandados de prisão em aberto e estava envolvido no tráfico de drogas e armas, além de ser acusado de ordenar homicídios de rivais e cometer roubos no bairro da Mata Escura. Ele também é investigado por corrupção de menores.
Segundo a TV Bahia, Jeimes era um dos alvos prioritários da polícia baiana e estava escondido no Complexo de Israel, no RJ. Ele mantinha uma relação de amizade com Alvaro Malaquias Santa Rosa, o “Peixão”, chefe do Terceiro Comando Puro (TCP), uma das facções mais poderosas da região, que possui 35 anotações criminais. Embora a operação também visasse capturar “Peixão”, ele conseguiu escapar.
Chefe do TCP
Peixão, que batizou a área onde atua como “Complexo de Israel” em 2020, durante a pandemia, é acusado de cometer diversos crimes, incluindo homicídios, torturas e invasões armadas em territórios de facções rivais. Ele também expulsou seguidores de religiões de matriz africana da área e espalhou a estrela de Davi como símbolo, uma prática associada a determinadas vertentes evangélicas.
O traficante ainda é investigado por comandar um esquema de arrecadação de taxas de comerciantes na região. A quadrilha de Peixão responde por acusações de organização criminosa, tráfico de drogas e roubo, com o processo tramitando na Vara Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Fonte: Informe Baiano
